5.2.3.2.
Sistema formado por um único dispersor
De acordo com o seu princípio de funcionamento, o instrumento só pode efetuar medições
em circuitos resistivos e, portanto, num sistema formado por apenas um dispersor não é
possível efetuar a medição. Nestes casos é ainda possível avaliar se a resistência do
dispersor em teste é menor do que o valor máximo admissível para a resistência de terra
da instalação em exame (avaliado pelo tradicional método voltamperimétrico) e, portanto, é
adequado para a instalação em exame, utilizando um dispersor auxiliar situado "na
proximidade" do mesmo de modo a criar um anel resistivo artificial.
A seguir são apresentadas duas metodologias diferentes para efetuar esta avaliação.
(A) Medição da Resistência de terra de um dispersor pelo método de 2 pontos
Como se mostra na Fig. 10, a uma adequada distância do dispersor em teste com
resistência RA, deve-se associar um dispersor auxiliar de resistência RB tendo
características ideais do ponto de vista de ligação à terra (ex: um tubo metálico,
construções em cimento armado, etc...). Estes dispersores são ligados a um condutor de
secção adequada de modo a tornar RL desprezível.
Fig. 10: Avaliação da resistência do dispersor pelo método de dois pontos
Nestas condições a resistência medida pelo instrumento é:
R = RA + RB + RL ~ RA+RB
A relação (2) considera-se válida apenas nas condições de poder desprezar o
efeito da "mútua influência" entre os dispersores ligados em série, isto com os
dispersores situados a suficiente distância entre si (igual a pelo menos 5
vezes o comprimento de um dispersor ou 5 vezes a diagonal máxima da
instalação) de modo a que eles não se influenciem reciprocamente.
Portanto, se o valor medido pelo instrumento é mais baixo do que o valor máximo admitido
da resistência de terra da instalação ao qual se refere o dispersor de resistência RA (ex:
com RCD de 30mA → RT < 50V / 30mA = 1667) pode-se concluir que o dispersor RA é
ideal para ser qualificado como dispersor de terra.
ATENÇÃO
PT – 12
T2000-T2100
(2)